Objectos de Transição

Chupeta, fralda, almofada, peluches, são alguns dos objectos que a maioria das crianças, no final do primeiro ano de vida, se apegam de tal forma que não consegue viver sem eles. E ai de quem tirá-los de perto! Soltam aquela choradeira. São objectos que a criança busca com frequência na hora de dormir ou nos momentos em que se sente angustiada, triste e sozinha, ou seja, são os melhores amigos do bebé.

Segundo os psicólogos, no caso da chupeta, ela pode ser um substituto do seio materno, desenvolvendo uma importante função tranquilizante para o bebé, principalmente, quando sente falta da ou quando se sente frustrado, triste ou cansado. Porém, o ideal é não exagerar no uso da chupeta. Ela não deve ser usada como substituto da mamã nem como forma de calar o bebé quando ele está chorando, sem antes tentar entender os motivos que o levaram ao choro. A chupeta é somente um instrumento útil para acalmar uma possível e momentânea ansiedade do bebé, que pode ser usada antes dele adormecer e em momentos de certa dificuldade, e não a cada vez que o bebé chorar querendo um pouco de contacto mais directo com a mãe.

Bebés e crianças pequenas também usam os paninhos, peluches e chupeta como objectos de transição, para que possam crescer sem muitos medos ou ansiedade. Faz-se necessário, então, a disciplina com relação à utilização dos objectos. Quando a criança fica acordada por um período de tempo maior, é conveniente não utilizar a chupeta ou o objecto ao qual ela é apegada, pois neste tempo é importante que a criança entretenha-se com as mãos, explore brinquedos e balbucie, como forma de exercitar a musculatura oral.

É necessário alertar aos pais que prestem atenção aos brinquedos e objectos que seus filhos se apegam. Em geral devem ser macios e não apresentar nenhum risco ao bebé. Por exemplo, peluches não são recomendados pelos médicos, pois absorvem muita poeira, o que poderá fazer mal a saúde da criança. Além disso, é importante que a criança tenha afecto pelo brinquedo e que seja também uma forma de companhia para ele. Não deixe que este se torne uma necessidade, a qual ele não consiga viver sem.

Contudo, a melhor fonte de redução de ansiedade com certeza é a mãe, aquela que está disponível, afectiva e atenta a todos os movimentos do seu filho, permitindo o seu crescimento da forma mais saudável possível.